Pedido

Se você alucina ou delira nos momentos em que devia raciocinar, por favor, não deixe de me avisar!

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"A minha Alucinação é enfrentar o dia-a-dia e o meu delírio é a experiência com coisas reais..." (Belchior)

Um sopro

Obrigada a todos pelo que me desejaram para o Ano Novo. Inclusive inspirações.
Eu desejo a todos, para esse ano e para toda a vida, também, muitas expirações. A toda expiração,  corresponde uma inspiração. É um equilíbrio vivo, imperturbável, uma correspondência inexorável 1:1. Assim, quando a gente vai deixando o ar sair e nota que sobra ainda um tantinho lá no fundo e aperta o tórax e vai descendo a força pelos músculos (uau!!) da barriga, da pélvis e se contrai toda e daí, sim, tem quase certeza de que não sobrou nadinha. Dessas que nos esvaziam até o último mililitro de ar, que zeram nosso barômetro interno.
Pausa.
Só então é possível entregar-se ao inexorável movimento contrário, instintivo e libertário, que nos permite, aí, sim, a invasão total que é justamente ela: a inspiração.  
A inspiração é aspiração, é levar pra dentro o que está fora e fazer disso que se ‘aspira’ algo que valha a pena ser expirado, que modifique algo em nós mesmos ou em alguém. Que nos nutra e limpe.  É estar vivo, é não ser indiferente ao que acontece bem debaixo do nosso nariz, é ser solidário com a dor e com a felicidade próxima, impelidos pelo sentido que isso dá à nossa vida. Só. É se encher e se esvaziar, porque, para dividir o espaço que está fora, é preciso criar um espaço dentro de nós. Desvencilhar-se de entulhos, libertar os demônios, deixar-se flutuar no nada. Para dar lugar ao oxigênio que nos faz vivos.    
Feliz Ano Novo!!!

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